838 – O PAPEL DA MÍDIA NA ATUALIDADE
O assunto proposto para esta coluna, busca
abordar a influência da mídia na vida das pessoas. Sempre se acreditou que a
mídia, de um modo geral, teria como missão informar a sociedade, definir
os temas a serem discutidos, expor ideias e formar opiniões. O papel da mídia é
formar cidadãos conscientes e críticos. Mais do que tudo, é ser leal com o seu
público. Sendo assim, a parcela de colaboração da mídia na construção e
formação política e cultural da sociedade é significativa.
Ela é composta pelos mais diversos meios de comunicação: cinema, televisão,
rádio, internet, jornais, revistas, livros, panfletos, cartazes ou outdoors. Enfim,
tudo aquilo que comunica em massa, ou seja, que torna algo comum a todos ou a
um grande número de pessoas, pode ser considerado mídia.
E qual o
papel da mídia na sociedade? Como ela pode influenciar na construção e formação
cultural e política? Para a jornalista Marisa Sanematsu, “a mídia
informativa é um importante espaço de poder, debate e mediações de conflitos.
Ela diz que “estar na mídia é sinônimo de existir”. Define os assuntos sobre os
quais as pessoas conversam dentro de casa, nas reuniões sociais, no ponto de
ônibus e no trabalho. Em outras palavras, a mídia tem o poder de selecionar e
hierarquizar temas, definindo prioridades. É nesse contexto que se pode afirmar
que a imprensa tem muito poder e uma responsabilidade social muito grande na
configuração da agenda de debates de uma sociedade”.
Mas nem tudo são
flores. Apesar do belo discurso, a mídia não tem desempenhado seu papel de
forma verdadeira, eficaz e sincera. Ela tem desvirtuado sua ideologia e feito
um papelão jogando fora suas virtudes que ainda lhe restam, para fazer uma
sociedade inteira perder suas próprias virtudes. Ela tem trabalhado em prol de
interesses pessoais, empresariais e políticos, e não a favor do bem para a
sociedade. A imprensa televisiva, escrita e falada tem cometido inúmeros casos
de manipulação e distorção das informações. Ela mente, desmente mentindo e
confunde. Infelizmente, aos poucos, a mídia e o seu verdadeiro papel estão
sendo jogadas no lixo, embora se espere que deva preservar o pouco de
responsabilidade social que ainda lhe resta.
Apesar de boa
parte do povo estar mais atenta a essa sujeira toda, ainda existem pessoas
inocentes que são iludidas e que ajudam a mentir junto, passando a frente as
falsas informações.
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Para piorar a
situação, a mídia tradicional recebeu o funesto reforço das mídias sociais,
para ajudar o trabalho do “Fatritol” (antigo e tradicional espalhador de
esterco utilizado na agricultura), para espalhar o estrume e potencializar o
mau cheiro em meio aos incautos e aos bem-intencionados. Nesta balada entraram em
campo o rei das Fake News, o funesto Elon Musk mais uma trupe local de especialistas
em adubação orgânica.
Para sucesso da
empreitada, pelo menos em nossa região não falta matéria prima, pois o rebanho,
a porcada e a frangalhada superam a população e os ventos abundantes mais a
mídia alienada se encarregam de espalhar o odor.
Outro papel
importante na nossa região, tipo papel higiênico usado, e aí podemos incluir a
santa e a catarina que volta e meia põem um ovo, ajuda a fomentar os incautos para
contribuírem no aumento da produção. Mas isso, nossas mídias tradicionais e sociais
alienadas não divulgam. Sem nenhum esforço, preferem divulgar as titicas dos
pardais e sabiás nos fios da rede elétrica. Talvez isto produza seus esperados
efeitos, pois os bichinhos são pequeninos e indefesos. Agora, os elementos dos
rebanhos que produzem grande quantidade de esterco e infectam o intocável
território, além das cagadas dos animais de rapina, sempre serão desconhecidos
pela mídia alienada, interesseira e sem compromisso com sua missão de ofício. Preferem, sem qualquer escrúpulo, execrar toda
e qualquer notícia que ouse tocar os intocáveis, riquinhos de ocasião,
apaniguados e puxa sacos, mesmo os de moral duvidosa. Preferem, acima de tudo,
organizar manifestações, abaixo assinados, bilhetes anônimos e práticas
deploráveis para proteger os intocáveis em detrimento dos fracos e oprimidos. Isto
é o que restou da mídia, que pelos seus próprios arroubos vai se exterminando.
Jaime Capra.